Vagas de Tecnologia x Mão de obra: Onde está o GAP?

É notável o crescimento de muitas vagas no mercado de tecnologia diariamente. Porém, muitas dessas vagas acabam nem sendo preenchidas, a grande maioria é encerrada por falta de candidatos, e reaberta em outro momento. Ou em alguns casos, nem reabertas elas são. Mais por que isso acontece?

Da mesma maneira que existe vagas exigindo 5 anos de experiencia para júnior, existem candidatos com capacidades Plenos, se candidatando em vagas Juniors. Além de muitas vagas que o salário não condiz com a realidade do mercado, seja para mais ou para menos $.

Porém, o verdadeiro GAP ainda não está aí. Hoje em dia, muitos profissionais de TI não estão preparados para as vagas que o mercado vem abrindo. Com a alta exposição de IA nesse último ano, a grande maioria dos candidatos fez algum cursinho básico de IA, e deixou um pouco de lado buscas em vagas que ele já domina, para talvez buscar um novo mercado.

Muitos profissionais estão também em migração de área para tecnologia. É gigante a quantidade de currículos de pessoas que trabalharam em outras áreas, e agora resolveram migrar para TI. Temos também profissionais que não conseguem emprego em Tecnologia, e migram para outras áreas.

Você pode observar que tem vaga, e tem profissional, mas por que elas continuam vazias? A resposta é mais simples do que parece. Normalmente a grande maioria dos profissionais não estão qualificados para a vaga que está se candidatando. E isso normalmente só é descoberto durante o processo seletivo.

Um exemplo é uma vaga em aberto para um profissional que precisa conhecer javascritp e PHP. São linguagens bem diferentes, e normalmente é bem pequena a grande maioria dos profissionais que tem ambas as linguagens. O que leva um profissional sem experiencia nessas linguagens, a uma entrevista? O fato de muitos currículos terem linguagens e conhecimentos que a pessoa não o tem, ou pelo menos não como precisa.

Quando um candidato se vê no mercado de trabalho, e cm dificuldades de realocação, o desespero pode bater, e o currículo conter várias experiencias, mas que no fundo o profissional mexeu uma vez talvez, e as vezes nem isso. O recrutador acaba selecionando o currículo desse candidato, pelo atendimento nas especificações que a vaga pede. Porém, em uma entrevista técnica, com alguém que trabalha na área, é notável que o profissional não tem tanta experiencia, e em muitas vezes nem o conhecimento necessário que a vaga necessita.

Com isso, o recrutador acaba indo ao mercado novamente procurar mais candidatos. E o processo seletivo que deveria durar 5 dias, dura 20, e as vezes até um mês. Um currículo mal escrito leva um bom profissional a não ser chamado para a vaga. Porém, um currículo muito bem escrito, mas que não contem tantas verdades, leva um candidato a uma entrevista, e muitas vezes uma reprovação.

Dicas para elaborar um bom currículo e ser selecionado para a entrevista

O mais importante: Não minta! Coloque nele tudo o que você faz relacionado a vaga que está se candidatando.

Se possível, coloque projetos relacionados a vaga que você está participando, que você já fez. Caso a candidatura seja para infraestrutura de TI, e você já participou de um projeto de migração de servidor, isso deve ser mencionado. A mesma coisa em desenvolvimento, e outras vagas relacionadas.

Inserir informações como o nível de conhecimento seu para aquilo, ajuda e muito. O recrutador não sabe que você domina java, se você não mencionar. E por aí vai.

Por último e muito importante. Não esqueça de colocar seu objetivo. Hoje, acaba sendo normal a quantidade de pessoas que se inscrevem na vaga, e nem mesmo sabem para que estão se candidatando. Quando tem o objetivo descrito, o recrutador consegue identificar se é aquilo mesmo que você está buscando, ou não. Isso, ajuda muito a otimizar seu tempo, e o do recrutador. Pois, você não corre o risco de ser chamado para uma entrevista, que não deseja.

Sobre Bianca Dezorzi 107 Artigos
Pós Graduada em Gestão de T.I, estou sempre aprendendo e consumindo conteúdos de Gestão. Atualmente sou Customer Success Manager na BNP e coordeno uma poderosa Central de Serviços. E nas horas vagas? Amo passear na natureza com meus cachorrinhos.

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