Salve meus consagrados, hoje é dia de falar de nós…PESSOAS. Certamente você já ouviu falar das gerações X, Y e Z e talvez também já tenha ouvido falar sobre os millenials, baby boomers e alfas. Em tempos de coaching e das páginas de autoajuda, soa razoável acreditar que somos resultado das cinco pessoas mais próximas a nós. Se este grupo, por exemplo é formado por pessoas bem-sucedidas, então certamente a nossa chance de sermos bem-sucedidos aumenta consideravelmente. Será que isso é uma verdade absoluta? Não seria mais realista buscar evolução individual independente do grupo de pessoas que está ao nosso redor?
Pessoas são diferentes, pessoas são complexas, pessoas são únicas. Entender de gente é uma vantagem competitiva, seja para suas relações no trabalho ou fora dele, seja você CPF, CNPJ ou os dois. Portanto, tudo o esforço que fizermos para entender melhor sobre o tema, será recompensado de alguma forma. A classificação de indivíduos de acordo com a geração que pertencem nos ajuda a alcançar o ápice da empatia nas nossas relações, então vem comigo e vamos juntos conhecer as características e particularidades de cada um desses grupos:
Baby Boomers
Nascidos entre 1945 e 1964, recebem esta classificação porque fizeram parte da explosão de taxa de natalidade quando terminou a segunda guerra mundial. Soldados voltaram para as casas e puderam enfim, voltar ao seio familiar. Esse pessoal aqui tem umas características bem peculiares, como casar-se com o primeiro emprego, ficando lá até se aposentar, justamente porque os “adultos” de sucesso que eles conheciam quando jovens já vinham com esta pré-disposição. Para estes, tempo de experiência vale mais do que inovação, por isso que têm muita dificuldade com tecnologia e ainda pagam suas contas de água e luz na lotérica (me ajuda aí, pai!)
Geração X
Nascidos entre 1965 e 1984, são de certa forma parecidos com a geração anterior, com a diferença que os avanços tecnológicos foram experimentados por eles primeiro, tornando-os mais adaptáveis à mudança. Eles viam seus pais saírem para trabalhar, e eram cobrados em suas responsabilidades básicas, tais como escola + afazeres domésticos. Por terem tido contato com a disciplina desde cedo, são a aposta de muitas empresas para cargos que exijam tomadas de decisão com responsabilidade, e a grande maioria acaba preferindo uma ascensão de carreira na mesma empresa do que buscar algo novo no mercado.
Geração Y
Os millenials, nascidos entre 1985 e 1999, não estão assim tão preocupados com a carreira, ou com a construção de patrimônio, que é mais presente nas gerações anteriores, (talvez já sejam herdeiros). O trabalho em equipe é mais importante do que a hierarquia e a inovação está presente em seu dia a dia, fazendo que não seja tão importante mostrar como fazer (passo-a-passo) ou seguir manuais de instrução, sendo mais fácil apenas mostrar o caminho, sendo que cada um deles, a seu modo, caminhará até a linha de chegada. Daí a necessidade de sessões de feedback mais próximas, para evitar desvios, mantendo-os sempre na rota certa.
Geração Z
Nascidos a partir do ano 2000, onde tudo já é digital, por isso que eles são multitarefas, independentes e exigentes, seja com o que consomem ou com o que planejam fazer. O imediatismo é sua principal característica, por isso que as instruções recebidas têm que ser tão rápidas quanto um vídeo do TikTok. Muitos cargos ainda estão em desenvolvimento para esta geração, mas alguns grupos (das gerações mais antigas) acreditam ainda ser possível aposentar-se pelo INSS no Brasil, graças à essa geração que “não quer saber de trabalho”. Essa confusão de informações trazidas desde a infância faz com que essa geração “não saiba o que fazer” começando e não terminando a grande maioria das atividades que inicia.
Geração Alfa
Nascidos a partir de 2010, muitas vezes tiveram a criação terceirizada por um smartphone, não são tão educados, e aprenderam a dar play num vídeo do YouTube antes de ler. Ainda não estão no mercado de trabalho, mas certamente as vagas deles precisarão ser muito mais flexíveis, autônomas, criativas e que foquem em soluções adquiridas através do trabalho em grupo.
Lembre-se que, atualmente, é muito comum encontrar baby boomers que se comportam como millenials, ou millenials que se comportam como baby boomers… a diferença está entre saber navegar entre essas gerações, lidando melhor com o jeito de cada uma das pessoas.
Ainda não acabou. Some a essas características e peculiaridades grupais outras questões individuais, até mais importantes, tais como o lugar em que cada um cresceu, opção religiosa e identidade de gênero. Quando sentir que a relação avançou em níveis de confiança, mergulhe num conhecimento mais profundo sobre a pessoa, descobrindo por exemplo seu histórico familiar, seus traumas, dores e sonhos. Esta certamente não é a receita do sucesso das relações, mas esses, de fato, são os ingredientes. Misture-os de forma com que você consiga saboreá-los durante a sua rotina.
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