As carteiras digitais são endereços únicos utilizados para referenciar, armazenar e gerenciar quantias de dinheiro na blockchain, um livro caixa comunitário, escrito unicamente por meios matemáticos, mantendo os ativos digitais resguardados de todos que mantem a rede.
Somente quem possui a chave privada da carteira digital pode assinar a transação.
A relação entre chave privada e endereço é a seguinte:
Em resumo, com a chave privada é possível criar a chave pública, por meio da curva elíptica e a chave pública gera o endereço por meio da função de hash.
Ambos os processos são unilaterais, portanto na verdade, a carteira digital é na verdade uma ferramenta de gerenciamento de chaves privadas (geração, armazenamento, assinatura).
Tenha em mente que a carteira não contem os ativos, mas os ativos referenciam a carteira.
Para criar uma carteira bitcoin é necessário criar uma chave privada.
O primeiro e mais importante passo para que essa chave seja gerada, é encontrar uma fonte de entropia suficientemente segura. O método específico de seleção dos números não importa, desde que o resultado da seleção seja imprevisível ou não repetível.
Por exemplo, você pode jogar uma moeda 256 vezes, usar papel e caneta para registrar a frente e o verso e convertê-los em 0 e 1. O número binário de 256 bits obtido aleatoriamente pode ser usado como chave privada da carteira.
Do ponto de vista tecnológico, isso geralmente é feito retirando uma longa sequência de bytes aleatórios de uma fonte aleatória criptograficamente segura (não é recomendado que você mesmo escreva um número aleatório) e computando-a usando o algoritmo de hash SHA256, chegando então facilmente em um número de 256 bits.
No processo real, é preciso comparar se é menor que n-1 (n = 1,158 * 10 ^ 77, um pouco menor que 2 ^ 256) e teremos uma chave privada adequada.
Caso contrário, repetimos novamente com outro número aleatório. A chave privada obtida desta forma pode gerar a chave pública e o endereço.
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