Como dados melhoram a gestão pública: saúde

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A Comissão de Qualidade e Segurança em Saúde da Nova Zelândia (HQSC) publicou em 2014 o estudo Abordando a variação injustificada: revisão da literatura sobre métodos para influenciar a prática, onde informa que um dos principais desafios na gestão da saúde pública é a chamada variação injustificada.

A tecnologia e os dados podem ajudar a gestão pública na redução da variação injustificada em saúde e na melhoria contínua dos serviços públicos.

O que é variação injustificada?

Segundo o Atlas de Variação em Saúde Brasil publicado em 2022 é uma variação injustificada aquela variação que não pode ser explicada ou fundamentada nas necessidades ou preferências dos pacientes, revelando a oportunidade e necessidade de melhorias na gestão. A variação injustificada pode ocorrer em função da sobreutilização ou subutilização dos recursos.

  • Sobreutilização: geralmente está associada a desperdícios de recursos; e a,
  • Subutilização: geralmente está associada a falta de acesso aos recursos necessários para os pacientes.

Como a tecnologia e os dados podem melhorar a gestão pública da saúde?

A tecnologia ajuda os gestores públicos a tomarem decisões otimizadas na distribuição dos recursos, incluindo na área da saúde pública. Assim, o gestor público pode reduzir a variação injustificada.

Por exemplo, os dados coletados e analisados corretamente podem indicar onde construir unidades de saúde e para onde enviar remédios. Sendo possível aplicar ciência de dados para projeções de necessidades.

Leia o exemplo abaixo e entenda como a tecnologia e os dados podem fazer isso.

Exemplo: Identificando a variação injustificada com visualização de dados

Abordagens de visualização de dados podem facilitar a vida dos analistas e assessores na gestão pública, por exemplo, mapas podem ser utilizados para compreender a distribuição da população idosa na cidade e otimizar os serviços públicos para esse segmento.

No mapa abaixo, extraído do Community Health Profiles 2018, podemos analisar a expectativa de vida por região de New York, com destaque para a região de Greenpoint-Williamsburg’s. Analisando as informações é possível fazer projeções e perceber oportunidades de melhoria.

Perguntas possíveis ao analisar o mapa (exemplificativo):

  1. Como podemos elevar a expectativa de vida em todas as regiões?
  2. Quais regiões devem ser prioritariamente preparadas para atenderem mais idosos?

A partir dessas e outras perguntas, em associação com outros mapas e informações, políticas públicas podem ser desenvolvidas e decisões tomadas para otimizar a distribuição presente e futura de recursos diminuindo variações injustificadas de subutilização ou sobreutilização de recursos. Por exemplo, uma prefeitura pode planejar o orçamento para aquisição de ambulâncias nas regiões em que a expectativa de vida é menor em função do tempo de espera para socorro emergencial.

Obesidade infantil em New York: a imagem abaixo foi extraída do Community Health Profile do Distrito Financeiro de Manhattan, e apresenta indicadores sobre a obesidade infantil nessa localização em comparação à Manhattan e a cidade de New York.

O gestor público pode tomar decisões para prevenir e reduzir a obesidade infantil e melhorar a saúde futura da população a partir desses e outros indicadores, analisando inclusive se há distribuição inadequada de nutricionistas e campanhas de conscientização sobre alimentação saudável.

Como aplicar a visualização de dados na gestão pública da saúde?

A visualização de dados pode ser aplicada com softwares como Microsoft BI e GIS, ou a partir de sistema próprio desenhado para a realidade do governo ou prefeitura demandante.

Mais informações:

  • Clique aqui para ler os estudos da Comissão de Segurança e Qualidade em Cuidados de Saúde australiana sobre variação injustificada;
  • Clique aqui para ver mais exemplos de visualização de dados; e,
  • Clique aqui se você precisa de consultoria em transformação digital na gestão pública.

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