HAPPY HOUR – Eu não bebo, Então não vou.

Salve! Este é um relato pessoal, talvez esta experiência possa ajudar outras pessoas. Um dia me disseram algo que eu nunca mais esqueci: “Deveríamos celebrar na mesma intensidade que trabalhamos para bater nossas metas” Eu ouvi isso numa época que, além de estar na escola, não fazia uso de bebida alcoólica. Então, por estar sempre ocupado, muitas vezes até cansado, eu praticamente recusava todo tipo de convite para festas e eventos sociais com o pessoal do trabalho.

E existe um sentimento velado aqui, de que se você é uma pessoa que não participa de nada, e não faz questão de estar com o seu time, as pessoas acabam tendo este mesmo sentimento (excludente) de você, só que durante o expediente.

Com o passar do tempo eu fui notando, mesmo que sutilmente, a diferença no tratamento, principalmente em atividades corriqueiras de menor importância, coisas da rotinha do escritório mesmo. Aquilo foi me incomodando e ao mesmo tempo foi mudando a minha maneira de pensar, e eu sabia que em breve eu teria a oportunidade de dizer sim, quando um próximo convite chegasse. E eis que o convite chegou, e quando eu disse: “sim, estarei lá” a surpresa foi geral!

A sexta-feira chegou, e ao final do expediente, lá estava toda a galera do meu time reunida no buteco. Perguntaram o que eu gostaria de beber, e eu disse: água! Imediatamente esperei olhares de reprovação, mas, para minha surpresa, outras pessoas presentes ali também preferiram água, suco, refrigerante ou qualquer outra bebida não alcóolica, aquilo me aliviou muito.

Muitos assuntos surgiam na mesa, eu não consegui me posicionar em quase nenhum deles, mas finalmente entendi como funcionava a dinâmica do encontro, e foi muito mais tranquilo do que eu poderia imaginar. Obviamente, com o passar do tempo, lá no escritório eu já não me sentia isolado, meu networking tinha crescido absurdamente, e os meus dias se tornaram muito mais leves. O ano era 1999, eu tinha 16 anos e trabalhava na cidade de São Caetano do Sul como escriturário.

Beleza, mas e hoje?

25 anos depois, eu posso afirmar com segurança que, graças a Deus, foi uma lição que aprendi cedo. Eu entendo que a vida que se vive hoje é diferente, o tempo é um desafio para todos e cada um tem seu hobby preferido. Mas eu espero que este texto alcance você que ainda relaciona o Happy Hour ao consumo de álcool. O que deveria contar aqui é o seu crescimento profissional, a sua participação na comemoração de uma conquista, o fortalecimento da sua integração com os demais. PERTENCER é a palavra. O Happy hour é a faculdade que desenvolve soft skills. Tomara que você leve isso em consideração antes de responder ao próximo convite.

Sobre Rodnei Moreira 15 Artigos
Um observador nato, com espírito de eterno aprendiz. Um leitor meio nerd que não dispensa um bom chopp e nem uma boa roda de samba. Eu teria um desgosto profundo se faltasse o Flamengo no mundo.

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