Fala pessoal, tudo bem com vocês?
Algum tempo atrás eu escrevi um artigo explicando os modelos de contratação de nuvem, lá fiz uma analogia das formas de contratação, com as formas que você come uma pizza, que pode ser conferido clicando neste link
Agora que você entendeu os modelos de contratação de nuvem, hoje vou falar dos modelos de migração para nuvem, comumente conhecido como Jornada para Nuvem.
Quando falamos dessa jornada de migração para a nuvem, podemos partir para 3 caminhos, que seriam: levar sua estrutura para nuvem do mesmo jeito que funciona no seu ambiente local (on-premise), replicar seu ambiente local, porém otimizando para se adequar ao melhor desempenho e custo e o por último, modernizar a carga de trabalho para ser nativa nuvem, eliminando o legado.
Esses caminhos são conhecidos como:
- Lift and Shift
- Improve and move
- Rip and Replace
Lift and Shift
De forma literal, lift and shit (arrastar e soltar) é muito utilizado para sistemas legados que não possuem compatibilidade com os recursos utilizados em nuvem. A migração move os recursos locais (onpremise) para os recursos em nuvem (cloud) sem alteração ou modificação, esse tipo de migração costuma ser a mais rápida entre todas as outras, pois não requer nenhuma adequação.
Trazendo para o ambiente Microsoft Azure as ferramentas utilizadas para lift and shift são:
Azure Migrate
Azure Site recovery
O Azure site recovery é utilizado para para proteção contra desastres, e ele é uma replica do seu ambiente utilizando o modelo lift and shift, onde em uma ocasião de desastre você aciona a nuvem com a cópia do seu ambiente.
Improve and Move
Diferente do Lift and Shift, aqui o ambiente é modernizado durante a migração, adicionando recursos de nuvem como balanceamento de carga e alta disponibilidade, aprimorando as cargas de trabalho em relação ao ambiente antigo.
A migração “Improve and Move” levam mais tempo, pois é necessário readequar o cenário para utilizar essas novas tecnologias.
Trazendo para o ambiente Microsoft Azure as ferramentas utilizadas são:
Virtual Machine Scale Set – VMSS
Load Balance
Zona de disponibilidade
O Virtual Machine Scale Set é um recurso que permite gerenciar um grupo de máquinas virtuais com balanceamento de carga, permitindo que você escale de forma horizontal a quantidade de máquinas que vão trabalhar em conjunto
Rip and Replace
Este modelo de migração é o mais demorado, porém é o que traz a maior modernização. Nesse modelo você prepara um “aplicativo” totalmente novo, tornando-o nativo a nuvem, nesse projeto para reescrever seu aplicativo você conseguirá explorar o máximo potencial da nuvem e todos os seus recursos. Já o aplicativo legado será desativado, provavelmente, mantendo apenas os dados para a nova plataforma.
Trazendo para o ambiente Microsoft Azure as ferramentas utilizadas são:
Webapp
Kubernetes
Serverless
Aplication Insigts
Devops
I.A
No webapp você não se preocupa com atualizações de sistema operacional, consegue acoplar recursos nativos do Microsoft Azure como Dimensionamento automático, balanceamento de carga, correção automática etc. Além de usar a implantação continua e slots de implantação.
Esses são os modelos de migração mais comuns, a decisão de qual modelo utilizar precisa levar em consideração tempo, esforço, impacto e investimento curto x longo prazo. Mover uma carga de trabalho para a nuvem podem envolver até uma ou mais etapas desses modelos ao mesmo tempo, o que sempre recomendo é entender as expectativas do cliente para sua jornada em nuvem.
As vezes o cliente só quer mais segurança física e disponibilidade, então, mesmo que o rip and replace possa prover um leque maior de oportunidades, o lift and shift será a melhor opção pois é exatamente o que o cliente precisa.
Agora entendemos os modelos de contratação e modelos de migração, fique ligados nos próximos posts para aprender como arquitetar um ambiente em nuvem.
Até mais 😉
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