Você já ouviu falar na “Teoria da Internet Morta”?

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capa teoria da internet morta

A Teoria da Internet Morta (ou Dead Internet Theory, em inglês) é uma dessas conspirações intrigantes que tem ganhado atenção, especialmente com o aumento acelerado do uso de bots.

Mas antes de entrarmos nessa teoria, você sabe o que são bots?

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Bots são programas automatizados criados para realizar tarefas repetitivas e pré-definidas, imitando ou substituindo o comportamento humano online. Agora, voltando à teoria da Internet Morta, você já parou para pensar se o ser humano perdeu o controle da internet?

Segundo essa teoria, as interações reais entre pessoas estariam se tornando cada vez mais irrelevantes em meio ao crescimento desenfreado de informações geradas por bots e serviços de inteligência artificial (IA).

E se, em um futuro próximo, todas as interações na internet fossem geradas exclusivamente por algoritmos, sem qualquer participação humana?

Você já reparou como, em algumas redes sociais, os comentários parecem repetitivos ou sem sentido? Por exemplo, no Twitter (ou “X“), muitas vezes, ao entrar na seção de comentários, você encontra frases sem lógica, mensagens repetidas, ou até cópias de outras pessoas. Isso não te faz questionar o quão autênticas são essas interações?

Esse tipo de comportamento automatizado está começando a estragar a experiência em redes sociais, que deveriam ser um espaço para trocas genuínas entre pessoas. Como você se sente sabendo que, em vez de interagir com outra pessoa, você pode estar respondendo a um bot?

Em abril de 2023, a NewsGuard, uma ferramenta de jornalismo e tecnologia que avalia a credibilidade de sites de notícias e rastreia desinformação online, publicou um artigo revelador. Eles identificaram 49 sites em sete idiomas – incluindo português – que parecem ser inteiramente ou majoritariamente gerados por modelos de linguagem de IA, projetados para imitar a comunicação humana, como se fossem sites de notícias típicos.

E se esses sites, que frequentemente não divulgam quem os controla, produzissem um volume enorme de conteúdo sobre diversos tópicos, como política, saúde, entretenimento, finanças e tecnologia, com alguns publicando centenas de artigos por dia? Seria preocupante, e é isso que vem acontecendo: parte desse conteúdo produzido avança em narrativas falsas. e quase todos apresentam linguagem padronizada e frases repetitivas, características comuns da inteligência artificial.

E se muitos desses sites estivessem saturados de anúncios, sugerindo que foram criados para gerar receita com anúncios programáticos, assim como os primeiros sites que produziam conteúdo em massa apenas para ganhar dinheiro com cliques em anúncios?

Você se preocuparia com o fato de que, à medida que ferramentas de IA mais poderosas se tornam disponíveis ao público, elas possam ser usadas para criar organizações de notícias inteiras – algo que antes era especulação, mas agora parece uma realidade?

Você já pensou como isso pode criar ruídos de comunicação, dificultando a nossa capacidade de realmente interagir com outras pessoas? Essa proliferação de conteúdo automatizado não só satura a internet com informações irrelevantes, mas também dilui a autenticidade das interações online. Será que estamos mesmo interagindo com pessoas ou apenas com programas projetados para imitar a comunicação humana?

Essas mudanças inevitavelmente geram inquietações sobre como a IA está transformando nossas fontes de conhecimento e comunicação, levantando questões profundas sobre o futuro da internet e da interação humana.

Com tantas mudanças em jogo, será que estamos realmente preparados para um futuro onde a internet seja dominada por máquinas, e as interações humanas sejam apenas uma sombra do que já foram?

Você acredita que isso é apenas mais uma teoria da conspiração ou acha que há algo de verdade por trás dessas preocupações? Como você se sente em relação à possibilidade de a internet, um dia, se tornar um espaço onde a presença humana seja mínima?

Sobre Letícia Desiderio 5 Artigos
Sempre em busca das melhores oportunidades de aprendizado. Backend Developer na BNP Soluções em TI. Formada em backend pela bootcamp da {Reprograma}. Sommelier de vinho não-oficial, filha perdida da Beyoncé e apaixonada por jogos de RPG.

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