Efeitos da Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS)

A Terra, possui dois polos magnéticos, o sul, localizado próximo ao norte geográfico e o norte magnético localizado próximo ao sul geográfico. É formado devido à alta temperatura do núcleo, as correntes de convecção e forças associadas. O núcleo externo, líquido, interage com o núcleo interno sólido, gerando correntes elétricas que induzem os elétrons (corrente) até formar a polaridade que visualizamos através de uma bússola por exemplo.

Estes dois polos, são responsáveis por formar o campo magnético da Terra, que basicamente é uma camada protetora contra partículas dos ventos solares, além de proteger a vida, protege também os principais meios de comunicação e aparelhos, principalmente os satélites.

Além da proteção, é responsável pelas auroras boreais e austrais, quando interagem com as partículas do Sol.

Se não fosse por ele, as partículas solares, danificariam a camada de ozônio, permitindo que raios ultravioletas fossem radiados para dentro da atmosfera dificultando a comunicação através das ondas de rádio, televisão, internet etc.

Sem ele a transmissão das ondas eletromagnéticas que emitem os sinais e pulsos de comunicação, os aparelhos eletrônicos deveriam sofrer alterações em suas estruturas para funcionar corretamente, visando melhorias na captação e emissão do sinal entre outras.

O campo magnético recobre toda a área da Terra, porém há uma região que ele apresenta menor intensidade, conhecida como “anomalia magnética do atlântico sul”, localizada em trechos extensos da América do Sul e parte da África, abrangendo maior parte do Brasil. Esse fenômeno ocorre, pois, devido a heterogeneidade do núcleo interno até a crosta terrestre, nessa região, devido a formação de rochas e compostos a indução eletromagnética desse campo é reduzida.

Apesar das partículas solares adentrarem com maior facilidade nesta região, não é preocupante para a saúde das pessoas ou equipamentos em solo terrestre até certa altitude, porém afeta diretamente os equipamentos como satélites, posicionados em camadas mais externas da atmosfera, entretanto, a NASA e ESA (Agência espacial da Europa) monitoram os satélites e ao passar pela região eles podem entrar em modo de espera para não sofrerem danos.

Mais recentemente o Brasil lançou ao espaço o nano satélite NanosatC-BR2 com a missão de monitorar os níveis da anomalia.

Segundo a Nasa, a radiação das partículas nessa região consegue derrubar computadores de bordo e afetar na coleta de dados de satélites. Apesar desses problemas, o lado positivo é que o Brasil se encontra em uma região privilegiada para desenvolver estudos e análises geomagnéticas a respeito do planeta, e como funciona esse fenômeno.

É importante desmistificar a AMAS, visto que é um fenômeno natural devido a alta heterogeneidade da crosta terrestre, e os afetados, são equipamentos localizados a uma altitude elevada, onde o campo já está mais enfraquecido, não afetando a saúde das pessoas ou o transporte aéreo por exemplo.

Sobre Moisés Rodrigues 4 Artigos
Desde criança interessado em assuntos que envolvam tecnologia e suas vertentes. Fico instigado por temas de computação, astronomia, astrofísica e afins. Apaixonado por animais e música. Atualmente sigo desvendando onde a informação nos leva e o que podemos fazer para melhorar o dia do próximo com ela.

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